Teoria Dimensional

Tetragramaton

 

          O núcleo operativo do sistema motor e deflector do “Eggy” surge-nos como uma esfera oca de alumínio e berílio contendo vapor de água – uma câmara de nevoeiro. É dentro desta câmara que operam os dois sistemas efectores que, coordenados, nos permitem aceder à metadimensão: o Tetragramaton e a Coroa de Cintilação Gama.

 

É o tetragramaton que gera o fatal holomagnético que concentrará a radiação gama. É constituído por quatro Deflectores q (deflectores teta) que se dispõem de modo a ocuparem os vértices de um tetraedro regular inscrito na esfera e se orientam perpendicularmente às faces desse mesmo tetraedro. Cada deflector q comporta três circuitos: o circuito de campo, o circuito de injecção electrónica e o circuito de deflexão.

1. O circuito de campo  é formado por uma bobina de  indução   (um solenói-de envolvendo um núcleo cerâmico de ferrite) que gera um campo magnético orientado segundo o seu eixo. Os quatro campos magnéticos gerados pelos quatro deflectores q formam o Campo q - o tetracampo onde se incrustará o fatal. O campo q é modulado por um alternador circular cujas funções veremos a seguir.

2. O circuito de injecção electrónica  situa-se na base do deflector q  e,  co-mo o seu nome indica, tem por missão injectar um feixe de electrões ao longo do campo nulo que constitui o eixo magnético de cada componente. Este feixe de electrões tem de ser acelerado para se conseguir sobrepor à resistividade do campo q. É aqui que entra em acção o alternador circular do circuito de modulação de campo. Este alternador permite-nos, por um lado, inverter a polarização do campo magnético de cada deflector q com a frequência que desejarmos; e, por outro lado, fazer rodar esta variação pelos quatro deflectores de modo a termos sempre um contracampo positivo-negativo com a relação 3.1. Ou seja, permite-nos utilizar os campos magnéticos como um acelerador de partículas.

É ainda o circuito de modulação de campo que,  através de uma função inscrita em fase com a função do alternador circular, nos proporciona a flutuação de polaridade global para a deflexão do plasma relativo (deflexão infinitesimal). A definição desta função não é independente: está associada à função que coordena o circuito de injecção electrónica ou circuito catódico através de um modulador de parâmetros. Este modulador permite-nos variar a intensidade do fluxo electrónico em cada deflector q de modo a produzir o azimute hipercâmpico para o momento universal ou, em voo metacâmpico orbital, orientar a nave.

3. O circuito de deflexão   baseia-se  num  princípio semelhante  ao  dos   tu-bos de deflexão catódica dos cinescópios vulgares. É aplicado sobre um anel concêntrico situado na extremidade do deflector. Este anel deflector é constituído por um material semicondutor: se aplicarmos uma tensão positiva ou negativa a um ponto desse anel, essa tensão distribuir-se-á através do semicondutor de um modo proporcional à sua intensidade. Isto significa que o fluxo electrónico injectado será mais ou menos desviado da sua trajectória consoante a intensidade e sinal do campo assim induzido. Distribuindo uniformemente os pontos de aplicação de tensão conseguimos formar uma coroa de deflexão estável e variável de acordo com a intensidade dessa tensão – uma lente. Podemos deste modo fazer variar o feixe electrónico, tornando-o mais ou menos convergente ou divergente.

Quando activamos o tetragramaton, temos como primeira consequência a ioni-zação do vapor de água, que se dissocia em iões H+ e OH-, formando um plasma. Estes iões dispõem-se e orientam-se no espaço ao longo das linhas de força do campo q. Temos deste modo o nosso plasma hidroiónico dividido em quatro sectores rigorosamente iguais de cónicas convergentes constituídas por  eixos de electrões em torno dos quais se dispõem os protões hidrogeniónicos cercados pelos oxidriliões negativos. Formámos um fatal tetraédrico - partimos do princípio de que neste ponto o circuito de injecção electrónica está activo e o circuito de deflexão no ponto 0; os feixes de electrões, paralelos, cruzam-se no centro do tetragramaton. Se agora aumentarmos a tensão negativa do circuito de deflexão, os electrões do feixe injectado serão repelidos e obteremos um feixe convergente – quatro feixes convergentes que nos permitem regular a abertura angular junto ao foco de modo a definirmos no plasma iónico um número de isocónicas de rumo suficiente para a orientação e captura da radiação gama.

Neste ponto perguntará o jovem físico entusiasmado: então, porque é que não utilizamos esta estrutura para dirigir directamente a energia gama para o foco?

O problema é, afinal, também simples: a estrutura do tetragramaton não permi-te por si só – sem o artifício proporcionado pelo plasma hidroiónico - a deflexão angular infinitesimal necessária para a captura da radiação gamma.

“Então” – defenderá ainda o nosso jovem físico –  “e  se utilizássemos uma es-trutura não tetraédrica mas, por exemplo, cúbica? Assim poderíamos orientar os campos em oposição”.

É  verdade;  mas,  neste caso,  o problema  é que  teríamos um fluxo de campo que se exponenciaria ou anularia devido ao facto de os eixos magnéticos estarem em linha. O tetragramaton tem duas vantagens: 

          1.      Permite-nos  uma  coordenação completa do espaço com um número mínimo de referenciais;

           2.      Orienta os eixos dos campos magnéticos para a interferência mínima absoluta.

É verdade que a frequência de radiação gama  é ultracurta e altíssima, ou seja, situa-se num nível quântico interior ao nível molecular; mas o que nos interessa é definir cónicas de spin no campo global; uma vez isto conseguido, é a própria modulação da radiação gama que se comunica ao plasma ionizado circundante numa cascata quântica que, atingido o nível óptimo de parametrização angular, reforça o efeito de captura de todo o sistema. De facto todos estes sistemas se encontram em equilíbrio dinâmico e atingem o seu rendimento óptimo quando o plasma hidroiónico estabiliza.

Nota - O plasma relativo não pode ser obtido a partir de feixes de partículas; é por isso que utilizamos a radiação gama, que é uma radiação electromagnética.

O texto de 2001 termina aqui e revela o ponto a chegara a investigação de Fermanl. Conquanto um físico mais avançado o possa considerar como sendo apenas uma efabulação recheada de erros e incongruências, penso que existem nele algumas ideias interessantes a reter, nomeadamente:

1. O big-bang é uma singularidade hipercâmpica que ocorre no Aleph 1 e se expande através de todas as dimensões do espaçotempo, não apenas como extrusão energética mas também como intrusão.

2. A intrusão energética do big-bang permanece no Universo até e para lá da fase  de nucleossíntese primordial, constituindo um factor determinante para que esta aconteça e enquadrando os patamares de estabilidade ao longo dos diversos estados quânticos descritos pelo Modelo Geral.

3. O interior de qualquer partícula material é um metacampo infinito que se estende entre o universo quântico e uma realidade a-física interior (e possívelmente extra-universal): o Aleph 2. O estudo dos metacampos constitui o objecto da Física Metadimensional.

4. A Física Metadimensional fornece elementos para uma compreensão alargada dos buracos-negros e do efeito-túnel - e harmoniza num todo coerente todas as teorias actuais acerca do Universo.

5.  A extrapolação das probabilidades desta teoria sugere, entre outras, a possibilidade de contornar o problema da velocidade da luz, proporcionando assim o salto inter-estelar e as viagens inter-galácticas.

Estas ideias constituem o objecto da Física de Fermanl desenvolvida desde 2001 até hoje (2011) e abordada no conjunto de textos Ensaios e Desenvolvimentos.

Fermanl, em Oliveira de Frades, a 5 de Outubro de 2011.

 

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