Teoria Dimensional

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

10 Anos Depois - 2011

Isto não é mera fantasia. Vejam este vídeo no YouTube! 10 anos depois, em 2011, Leonard Susskind, da Universidade de Stanford, nos USA, um dos co-autores da String Theory, analisa uma experiência semelhante (o NIF, para a produção de energia de fusão) - que está a ser desenvolvida em Livermore. O excerto paralelo à hipótese de Fermanl começa aos 24 minutos.

 

 

 

 

 

 

 

 

Novo Sistema de Propulsão

 

          "Eu já sei que nesse mundo não se pode viver…" O Sol é uma estrela benéfica, possuidora de um campo magnético cujo espectro é compatível com o da vida humana. Mas não é eterno. É uma estrela de combustão de massa, e como tal terá inelutavelmente de seguir o destino entrópico de todas as estrelas como ela, transformando-se numa anã branca e, finalmente, numa anã negra. Isto significa que as viagens espaciais que perseguem o sonho do voo intergaláctico não são uma diletância evasiva - são uma necessidade que a espécie humana terá de solver para não perecer, evoluindo de modo a saber modular as componentes associadas a qualquer catástrofe cósmica. Não tenhamos ilusões: o vórtice negro que habita o centro da nossa galáxia acabará por obliterar toda a sua massa, diluindo completamente toda a informação antes de estabilizar dimensionalmente. Temos portanto de procurar algures um novo modulador empatofísico para a nossa espécie. Aonde?

 

Se o problema das viagens interestelares provoca a ironia dos incrédulos, a rota intergaláctica obriga-nos a perder por completo a esperança de que o limite físico da velocidade da luz algum dia nos permita atingi-la no âmbito do conhecimento científico que enquadra as actuais viagens espaciais e a investigação mais "ortodoxa".

A busca  de  uma  solução alternativa  levou-nos a considerar várias hipóteses. Uma de entre elas afigurou-se-me desde o início bastante prometedora: a utilização do efeito-túnel*. Só que o efeito-túnel funciona no âmbito da física dimensional (ver "Campo Quântico e Campo Dimensional"). Qualquer motor que idealizássemos para as nossas naves teria forçosamente de equacionar o muro dimensional como uma componente, necessariamente variável, preferivelmente controlável. E o único objecto cósmico que conhecemos capaz de produzir um campo dimensional é um buraco negro (1).

Taylor, cujo trabalho de divulgação tornou acessível a todos nós a fronteira da investigação teórica da física actual, falava já da hipótese de "domesticação" de um buraco negro - essa raridade cósmica tão banal ao nível quântico. Mas os buracos-negros quânticos são praticamente uma curiosidade de luna parque: assim como surgem, desvanecem-se dimensionalmente, furtando-se a qualquer manipulação significativa. Aquilo de que necessitávamos era de algo "intermédio" entre a realidade quântica natural e as manifestações cósmicas conhecidas.

Em suma: era necessário criar um buraco negro.

                                                             ***

Possível? Vejamos.

A razão por que os buracos negros "intermédios" não existem na natureza deri-va naturalmente do seu modo de formação: só a enorme massa de uma estrela de neutrões consegue criar o desequilíbrio que produz a singularidade e a introversão absoluta - dimensional. E os picos críticos da discretização quântica são aleatórios.

Para criarmos uma singularidade significativa controlável teríamos de conse-guir produzir o colapso material num âmbito circunscrito e modulá-lo de modo a poder ser utilizável.

Abordámos o problema por etapas. Que era necessário fazer em primeiro lugar? Criar uma pequena estrela de neutrões*, como é evidente. Mas como fazê-lo?                                                           

 

Os primeiros ensaios de investigação debruçaram-se sobre a produção elementar. Se conseguíssemos criar em laboratório um elemento suficientemente pesado, atingiríamos um limiar de singularidade reproduzível a nosso bel-prazer: o elemento não decairia - seria transferido dimensionalmente. Mas os custos energéticos envolvidos num tal empreendimento seriam impraticáveis (2). Então, que alternativa prosseguir?

Desde o início que o campo laser me parecera prometedor, embora tivesse também ponderado a primeira hipótese. A solução só me viria a surgir durante o estudo do desenvolvimento hipercâmpico associado ao efeito túnel.

Se dispararmos dois raios laser um contra o outro, que acontece? Nada de espectacular. Os fotões colidem, as ondas multiplicam-se segundo o padrão de interferência e a energia dispersa-se e dissipa-se. Nada a esperar por esta via, portanto… Errado! Se conseguirmos anular a dispersão, resolvemos o problema. A solução é muito mais simples do que os hipotéticos arsenais de campos e deflectores poderiam prometer. Basta que concentremos num único foco uma coroa  de raios laser em número suficiente para que o ângulo mútuo de incidência seja uma unidade inferior ao ângulo de onda da frequência utilizada (a igualdade angular é instável). Neste caso, a dispersão é impossível, já que as fases de interferência se anulam (se dispararmos um raio de luz vulgar perpendicularmente a um espelho, a luz é reflectida na direcção da fonte emissora devido às interferências de fase e dispersa devido às peculiaridades e imperfeições dos meios ópticos utilizados; mas se o raio incidente for absolutamente coerente, o espelho virtual e a experiência se desenrolar no vácuo, não existirá reflexão e a energia desaparecerá para lá do muro de Planck). A energia concentra-se e acumula-se no foco enquanto o sistema se mantiver em funcionamento (a perda por entropia é mínima). Podemos produzir um interface cristalino de deflexão utilizando uma função holográfica; e o resto é apenas técnica operativa.

A nossa pequena estrela de energia começa a crescer como um novo objecto singular: um plasma relativo, o objecto físico que se situa na fronteira entre a matéria e a energia (quase que uma consubstanciação da fórmula de Einstein E=mc2). O modo como este objecto evolui depende dos parâmetros que associarmos ao campo de alimentação, nomeadamente fazendo variar a intensidade da radiação incidente.

                                                             ***

Um plasma relativo não é um buraco negro. A componente dimensional que lhe está associada é passiva - dizemos que estamos perante um interface de equilíbrio metadimensional. Mas, se modularmos correctamente a intensidade do fluxo emitido, o plasma relativo começará a materializar-se - um núcleo material que estabiliza na forma neutrónica envolto numa aura tensorial de densidade decrescente até ao limiar metadimensional (e este núcleo neutrónico cresce enquanto o sistema for alimentado).

No espaço cósmico, um buraco negro é um objecto que, à nossa escala huma-na, envolve energias dificilmente concebíveis. Isto deve-se a dois factores: as estrelas que lhe podem dar origem são, por si sós, objectos astronómicos enormes cuja massa precipita, em etapas sucessivas, o colapso final (algo só superado quando são as próprias galáxias espirais que constituem o disco de acreção do buraco negro central primordial); e o campo gravítico envolvido situa-se nos níveis de equilíbrio das coordenadas estelares, diluindo-se através dos anos-luz ao longo de uma curva entrópica discreta onde se tensionam transferências energéticas dificilmente imagináveis. Mas o nosso objecto neutrónico mergulhado no plasma relativo não necessita de esperar por um fractal gravítico de tais dimensões. A modulação da intensidade do fluxo laser incidente é suficiente para conseguir um limiar de Chandrasekhar praticamente ad libitum e precipitar o colapso do núcleo de modo a obtermos o momento universal desejado (na realidade não é um limiar de Chandrasekhar, mas o seu "equivalente" para a singularidade associada ao plasma relativo).

Eis-nos finalmente de posse de um interface dimensional activo manipulável - a base operativa e a fonte de energia de que necessitávamos. O nosso pequeno buraco negro não dispõe de contrapartida worm possível; está envolto pelo interface relativo, e todas as hipóteses físicas do seu pequeno universo se digladiam dimensionalmente no interior de si próprio. Para onde vai o fluxo em queda? Para o centro do centro do centro - infinitamente, originando um momento universal. E é exactamente aqui que o efeito-túnel se torna utilizável.

Recordemos a imagem do construtor de brinquedos quânticos tão bem utilizada por Gamov: uma pequena esfera pintada com cores quânticas repousa no exterior de um pequeno cone escavado à semelhança de um vulcão, com uma cratera para o fundo da qual a esfera é transferida por efeito-túnel*. A compo-nente preciosa desta imagem reside na visualização espacial proporcionada, que nos permite enveredar facilmente pelos hipercampos da física dimensional.

O que são hipercampos? São campos hiperbólicos, ou seja, que se articulam segundo os princípios matemáticos e geométricos da hipérbole: simetria assimptótica. Imaginemos uma hipérbole comum tal como a aprendemos a desenhar no ciclo secundário das nossas escolas. Se fizermos girar a figura obtida em torno de um eixo perpendicular à linha de simetria e passando pelo ponto de cruzamento das assimptotas, obtemos uma hipérbole de revolução - duas conchas simétricas que constituem um campo espacial hiperbólico tridimensional*. Quando a esfera quântica de Gamov passa para o interior da cratera, fá-lo como um reflexo hiperbólico: "deixa de estar" numa concha para "passar a estar" na outra, como se viajasse entre as conchas (o que de facto não acontece; o facto de a hipérbole ser constituída por dois arcos leva-nos a cair numa ilusão topológica, geomatemática: pensamos em termos de "duas" figuras, quando na realidade se trata apenas de uma). Do ponto de vista matemático, a esfera de Gamov não se move; o que varia é a orientação geoespacial da hipérbole, onde o ponto de "partida" e o de "chegada" são reflexos hiperbólicos. É por isso que a esfera do interior não é uma replicação ou clonagem da esfera exterior - é de facto e absolutamente a mesma esfera, no mesmo ponto da mesma função matemática, flutuando entre as duas alternativas assimptóticas (as duas raizes da função). Lamentavelmente para nós, de modo aleatório - pouco prático. Então, onde é que nós entramos?

Falta-nos investigar um aspecto fundamental: qual é a realidade física que pos-sibilita o efeito-túnel? Sabemos que a história de Gamov é apenas uma metáfora. O efeito-túnel não ocorre na natureza ao nível macroscópico utilizado como ilustração; ocorre sim ao nível quântico, tendo já sido observado e registado fotograficamente em laboratório no decorrer de algumas das experiências melhor documentadas da física moderna*. Verificámos que acontece. Mas como é possível que ocorra? Ou seja, que realidade física torna possível a inversão hipercâmpica? Terá de ser necessariamente qualquer coisa que contenha um momento universal - por exemplo, um interface dimensional*. Exequível? Sim, absolutamente. Sabemos que os micro-buracos negros do mundo quântico são originados pelos picos críticos da discretização. Ao diluírem-se na sua introjecção, os micro-buracos negros criam uma matriz de fundo de pontos dimensionais que se estende por todo o universo. É como se todo o espaço e toda a matéria existissem num infinito mar de pontinhos que tensionam toda a estrutura, criando uma matriz aleatória (à semelhança da nuvem electrónica) mas indubitavelmente presente e actuante. É essa matriz dimensional de fundo que funciona grosso modo como um reflector, permitindo o efeito-túnel. Grosso modo porque, de facto, as partículas onde o efeito foi observado não são reflectidas, como vimos. O interface dimensional da matriz de fundo (não confundir com a radiação cósmica de fundo, produto residual do bigbang) cria sim um momento universal que permite-gera a inversão assimptótica dos hipercampos, para sermos rigorosos. Tudo isto ocorre banal-mente na natureza ao nível quântico; infelizmente para nós, sempre de modo aleatório*.

Mas agora dispomos de um interface dimensional que podemos manipular: o buraco negro que sorve o momento universal no centro do nosso plasma relativo.

 

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