A Pérola Negra 

 

                                         Domínio Psíquico: Zeus a apanhar um banho de tudo a rir!

De repente, dei por mim contagiado pela nostalgia de Vénus. Afinal, o campo de férias que a Terra estava a ser parece que ainda tem de esperar que os senhores das obras e os senhores das guerras componham algumas coisas que ainda não estão prontas. Nova Yorque ficou um nojo, há pó por todos os lados e é perigosíssimo andar a passear por Manhatan – os cadáveres em decomposição que estão nos escombros contaminam a atmosfera e podem provocar doenças graves; toda a gente sabe que foi assim que começou a epidemia de peste na Europa medieval, felizmente completamente debelada.

 

Sabes que as joalharias das caves foram assaltadas – dizem que por indivíduos infiltrados nas equipas de socorro? É evidente que as pessoas que estavam naquela zona conseguiram fugir todas. E ainda houve muita gente que conseguiu descer dos andares acima das zonas de impacto dos aviões através das escadas e elevadores das faixas ilesas.

 

Toda a Palestina é um caos num Médio Oriente onde as cicatrizes do passado teimam em querer reabrir e o espírito é uma sombra dos dias esquecidos em que foram construídos os palácios de Salomão e de Assurbanípal. Entre o Tigre e o Eufrates existe uma ferida tecida em altos-relevos e raras madeiras lacadas que a erosão do tempo impiedosamente vai destruindo (sem que se vejam grandes esforços para a sua recuperação ou evolução) completamente imersa numa alienação contagiosa que parece incapaz de ver que ali está a raiz de toda a História, os alicerces das torres do World Trade Center – de todos os USA, de toda a América, de todo o mundo.

 

A primeira certeza universal de diáspora recamou os reflectores de Gizé com placas de ouro polido; agora, Yghernefret contempla a derme poeirenta exposta ao dardejar do sol e aos ventos do deserto – enquanto que, ocultas nos recônditos da grande rede mundial, as sementes dos mundos virtuais dolorosamente ressuscitados ao longo do tempo se quedam anelantes em stand by para o novo ciclo e a espécie humana reúne forças para mais uma tentativa – ainda mais uma.

Tanto sofrimento, apenas para rebuscar a pérola negra?

Não vale a pena.

                                                                           ***

A chave para a bomba de neutrões é a energia de massa. A Existência é, na contradição generativa, um absoluto escalar que resiste à intemporalidade do espaço-tempo e arquitecta a expansão evolutiva na própria singularidade da morte, essa derradeira fronteira que é impossível compreender sem o conceito eminentemente apologético da metamorfose. A Morte não é a antítese nem a síntese - é a Tese.

 

A massa é o ipso-facto puro, porque é o primeiro conceito materializável da energia. Toda a singularidade existencial é interior à órbita escalar – ermafrodito (private flowers). As tangências hiperbólicas coexistenciais têm o seu limite no foco assimptótico – a espécie humana.

Não existe intérprete – existe criar a Evolução. A formiga é celebrada pela abelha como a obreira do primeiro pão – mas a Ciência é a cigarra que a canta no seu canto de loucura. É o relaxe grave que outorga o fogo ao homem, e este conceito primordial de casa – de lar – é essencial para modular a Liberty.

Não podemos incorrer em hérnias temporais. A nossa existência, individual e como espécie, só terá sentido se soubermos modular toda a nossa pulsão para a evolução – e isto significa um autocondicionamento positivo, significa não estragar. A Ciência é radicalmente Ética.

Massa Crítica – O Neutrão

Todo este campo é possível de exponenciar graças à energia de massa. Mas qual é o conceito físico actual de massa? Fermanl desenvolveu a sua Física Dimensional até atingir a síntese relativa, explicando como é que a energia se tensiona rumo à condensação material particular. Fermanl considera mesmo todo o seu desenvolvimento teórico como uma tradução de massa – dessa massa que é intrínseca à quantificação particular e que é constante, independentemente do seu campo gravitacional. A relatividade abordou o problema da energia de massa, mas não pôde desenvolver a física desse problema porque o conceito de singularidade é um conceito do domínio da física quântica (tal como este é um problema de ignorância quântica – relatividade da incerteza particular). Por sua vez, a física quântica tampouco o pôde explicar, porque o seu campo é o das correlações entre as unidades estruturais e para ela a condensação é um acontecimento local de tempo zero. Mas para a física dimensional o joint é o milagre da multiplicação das pedras, é o estudo do modo como essa condensação se processa – da barreira dimensional que existe entre a matéria e a energia ao longo do fluxo metadimensional. Para a física dimensional a condensação não é um acontecimento local de tempo zero mas sim um acontecimento que ocorre em tempo dimensional ou tempo relativo. Ao vizualizar a micro-rede de fundo dos buracos negros que se formam no limiar de condensação e que implodem e explodem em saltos hiperbólicos onde ocasionalmente viajam as partículas, Fermanl compreendeu que, mais do que explicar o efeito-túnel, tal rede implicava que tinha que existir uma singularidade no âmago de qualquer partícula que absorvesse a expansão particular – que o núcleo de qualquer partícula é um buraco negro. Este grande buraco negro universal é a porta para o Aleph 2 – a singularidade que, do outro lado da metadimensão, é o Além do [Aleph 1 – big bang]. O limiar de expansão particular é escalar ao limiar de expansão universal; era forçoso que existisse algo igualmente forte que equilibrasse a constante de expansão e deste modo o pacote de ondas relativo se reduzisse. Isto é uma singularidade, porque contradiz a unicidade universal; e esta equação de campo para duas singularidades universais acaba por ser uma equação de massa que tem como expressão mais estável o neutrão. Eis a razão natural porque o neutrão é a partícula mais massiva do standard model:  porque as suas cargas eléctricas – cintilação gluónica -  estão absolutamente compensadas (dizemos que é uma partícula de longo decay) no envolvimento gravitacional da condensação relativa, ou seja, o espaço-tempo envolvente e circunstancial ao acontecimento do neutrão propicia um pacote relativo mais estável – com mais massa.

O neutrão constitui portanto uma unidade de massa estável com um limiar de stand by (tensão gluónica) que é um escalar puro ao azimute gluónico, circunstancial no espaço-tempo, dos quarks que o constituem (está portanto em tensão com o vector de expansão universal). É este o conceito subjacente à força forte que congrega esses quarks, força essa que define um vector de massa mais sólido devido aos acréscimos energéticos de compensação do campo electrostático do pacote relativo que o discretizam e particularizam na sua anulação. Esta força, quando libertada, constitui a energia nuclear. Mas este raciocínio revela-nos também que os neutrões são unidades puras de memória – chips naturais que conservam a memória estrutural do espaço-tempo circunstancial à sua formação. Esta informação equivale a um conceito. Resiste na matriz existencial do neutrão como uma singularidade que acreta a evolução subsequente do universo devido ao facto de travar a sua expansão.

Traduzamos este nosso raciocínio numa linguagem mais técnica. Se conseguirmos criar um campo de indução num campo de condensação neutrónica obtemos o chip miniaturizado por excelência – memória radicalmente definida e estável.

 

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A minha nave revê-se no pórtico do jardim de Atlântida de onde parti para as estrelas.

 

Fernando Manuel Neves Laranjeira

20011003

Júpiter, Juno e Galileu - os 'legos' que partiram rumo ao planeta Júpiter a bordo da Juno. Lançada a 5 de Agosto de 2011, a missão Juno deverá atingir o seu destino em Julho de 2016.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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